Fui, finalmente, às catacumbas de Paris.
Numa visita guiada e oficial, pagando bilhete, esperando, etc... Mesmo assim, aquilo não deixa de ser uma forice. Na entrada um aviso diz às pessoas com insuficiências cardíacas ou respiratórias para escolherem outro "museu". Idem a espíritos impressionáveis. Próximo da zona da bilheteira, um desfibrilador está a postos para qualquer eventualidade. E não é pela fila para comprar bilhete. É que andamos 45 minutos (sem sermos pressionados para andar rápido, a verdade é que podemos estar lá o tempo que quisermos), por 2 km, descemos 130 degraus e subimos 83. A temperatura é de 14º e a humidade (umidade, cara) dos túneis forma estalactites, poças de água bem tricky (não é?) e um calafrio quando cai no pescoço uma pinga.
Calafrios?
Sim, porque o percurso é feito num depositório de ossos provenientes de vários cemitérios que foram transladados em 1785. Para lá se mandaram também as ossadas de alguns dos revolucionários, contra-revolucionários, cidadãos e aristocratas que perderam (literalmente) a cabeça no ano do terror.
Acaba por se fazer silêncio a partir do momento em que uma placa nos diz que o Império da Morte é aí e começam a aparecer corredores revestidos de tíbias, fémures, rádios (sem pilhas) e crânios organizados, às vezes, de forma macabra. Durante o percurso onde se poderá ter olhado para o esqueleto de Danton ou Lavoisier, há placas que nos indicam a proveniência dos ossos. Há também pequenos mármores com versos alusivos à Morte, ao Inferno, ao Pecado.
Ben brèf, eu não iá lá sem as luzes que estão instaladas ao longo dos corredores, garanto-vos.
Mas aquilo começa a parecer demais, ossos, ossos, ossos, ossos, e é aí que chegámos à placa que diz:
QUANDO AS TROMBETAS DA MORTE SOAREM, TODOS OS MORTOS RESSUSCITARÃO
Piadista número 1: "Espero que não seja hoje, ou vai ser uma confusão fodida p'ra sair daqui de dentro com esta malta toda a levantar-se"
Piadista número 2: "Pois, é por isso que estava a placa à entrada a dizer "proibido entrar com trombetas"
Numa visita guiada e oficial, pagando bilhete, esperando, etc... Mesmo assim, aquilo não deixa de ser uma forice. Na entrada um aviso diz às pessoas com insuficiências cardíacas ou respiratórias para escolherem outro "museu". Idem a espíritos impressionáveis. Próximo da zona da bilheteira, um desfibrilador está a postos para qualquer eventualidade. E não é pela fila para comprar bilhete. É que andamos 45 minutos (sem sermos pressionados para andar rápido, a verdade é que podemos estar lá o tempo que quisermos), por 2 km, descemos 130 degraus e subimos 83. A temperatura é de 14º e a humidade (umidade, cara) dos túneis forma estalactites, poças de água bem tricky (não é?) e um calafrio quando cai no pescoço uma pinga.
Calafrios?
Sim, porque o percurso é feito num depositório de ossos provenientes de vários cemitérios que foram transladados em 1785. Para lá se mandaram também as ossadas de alguns dos revolucionários, contra-revolucionários, cidadãos e aristocratas que perderam (literalmente) a cabeça no ano do terror.
Acaba por se fazer silêncio a partir do momento em que uma placa nos diz que o Império da Morte é aí e começam a aparecer corredores revestidos de tíbias, fémures, rádios (sem pilhas) e crânios organizados, às vezes, de forma macabra. Durante o percurso onde se poderá ter olhado para o esqueleto de Danton ou Lavoisier, há placas que nos indicam a proveniência dos ossos. Há também pequenos mármores com versos alusivos à Morte, ao Inferno, ao Pecado.
Ben brèf, eu não iá lá sem as luzes que estão instaladas ao longo dos corredores, garanto-vos.
Mas aquilo começa a parecer demais, ossos, ossos, ossos, ossos, e é aí que chegámos à placa que diz:
QUANDO AS TROMBETAS DA MORTE SOAREM, TODOS OS MORTOS RESSUSCITARÃO
Piadista número 1: "Espero que não seja hoje, ou vai ser uma confusão fodida p'ra sair daqui de dentro com esta malta toda a levantar-se"
Piadista número 2: "Pois, é por isso que estava a placa à entrada a dizer "proibido entrar com trombetas"
4 comentários:
Uma coisa é certa: nunca encontrei pessoal tão bem disposto como o de lá de baixo. Quando se disseram as referidas piadas, era uma multidão a mostrar os dentes...
Atenção: ver as fotos em http://yellowcabco.blogspot.com/
Quanto às poças de água tricky, que posso dizer? Podia até ter atenção ao chão, ver onde colocava os pés... Mas numa galeria subterrânea forrada a ossos humanos, uma pessoa tende a distrair-se!
Uma visita a um lugar desses é coisa que qualquer bartleby preferiria não o fazer!!!
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