Um ano, dia por dia. Um ano que parece ter dez vezes 365 dias ou apenas duas semanas. Porque um ano em que tudo passou demasiado rápido mas em que "tantos morreram e tantos nasceram".
Há um ano atrás estava bloqueado logo depois do túnel da Mancha. Festejava o teu aniversário de copo de cerveja na carruagem-bar. Apresentava o ar ao mesmo tempo atrevido e culpado de quem tinha acabado de fumar o segundo cigarro proibido no toilette do eurostar. Por duas vezes ameaçado de regressar a Paris nessa mesma noite. Sim, recordo-me, era um problema relacionado com a diferença da norma eléctrica entre França e Inglaterra. Pensei que não iria poder brindar ao teu aniversário. Duas horas e algumas cervejas depois, o monstro pôs-se em marcha de novo.
Lembro, à chegada, aquele pianista esquizofrénico, sem-abrigo, John? mas cultivado na execução de peças de música medieval. E do teu abraço, de mo apresentares, do teu brilho que ainda hoje me assombra... Agora que atravesso trezentos e sessenta e cinco dias sem poder brindar contigo
sábado, 28 de março de 2015
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