quarta-feira, 28 de abril de 2010

Londinium...

Além da excitação de conhecer uma nova cidade, fui com a expectativa - o receio? - de me dar conta de que Londres seria muito mais "a minha cidade" do que Paris. O Punk Rock, os Pubs, os bebedores de cerveja empedernidos que se reabastecem até ao pescoço ao toque de "last call for alcohol", a língua inglesa que há uns anos me era tão mais familiar do que a francesa, a fleuma bem humorada das classes altas, o espírito arruaceiro das lower classes, os Smiths, os Cure, a mágica interrupção de um concerto de Eric Clapton para apresentar o génio Hendrix à Europa, the tube e os autocarros de dois andares, as cabinas telefónicas vermelhas (que resistem ainda ao telemóvel) e a paixão do futebol, a New Wave of British Heavy Metal (um verdadeiro paradoxo taxonómico), os Clubs e as lojas, os Beatles e os Stones (nota mental: ovir The House Of Love depois). Em suma: tudo menos uma monarquia abastada e inútil me fazia senti um ignorante por nunca lá ter ido (apesar de a minha primeira viagem ter sido precisamente à Velha Albion e logo com duração de 15 dias de Sol). E esse quase tudo incluía os museus gratuitos dos quais vi nenhum e os pequenos-almoços colesterólicos dos quais tive direito a um.
A excitação adicional, a alegria, a felicidade, veio ainda da surpresa que me proporcionaram ao fazer vir o Maninho (com a Maria) e o Bino do solarengo Portugal para a Sunny (!!!) London.
Estando a viver noutra das grandes cidades Europeias (deixemo-nos de merdas: na outra grande cidade Europeia) não consegui (nem quis) resistir a comparações. As mais das vezes sem julgar; só para comparar. Porque lá porque duas cidades /duas pessoas / dois objectos são diferentes não significa que haja uma melhor. Mas também não quer dizer que não se pudesse escolher. Com ou sem dúvidas.

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