Já li livros que recebi no Natal, já usei as camisas e uns pares de peúgas e esta mesma madrugada passou um camião na minha rua para tirar os enfeites de Natal. Faltava-me "abrir" uma prenda. O bilhete para Archive no Zenith.
O dix-neuvième não é a zona de Paris que mais dominamos por isso fomos às apalpadelas. Induzidos em erro por uma googlagem apressada saímos em Fort d'Aubervilliers. La banlieue é todo um outro mundo. Entrámos num café onde três tipos nos deram três formas diferentes de lá chegar. Lá reentrámos no Metro para sair duas estações à frente (atràs) e andámos um bom naco nas típicas ruas próximas do Périph: pretos, árabes e paquistaneses de toalha estendida no chão a vender bugigangas, confusão, sujidade, cafés e lojas a abarrotar. Depois foi andar por La Villete a perguntar a um e a outro, um hamburger e uma mijinha a meio do caminho e depois toca a levantar o bilhete. Tal como já havia contado antes, a propósito de um outro concerto, a organização a dar cartas: rapidez na fila para levantar o bilhete, facilidade na entrada e estamos na mítica casa de concertos. Cerveja a quatro e meio, as habituais t-shirts e uma novidade (para mim): era possível comprar o CD deste mesmo concerto. Este seria entregue mal terminasse o concerto.
Este vosso amigo optou por meio litro de cerveja (seis euros e meio) e por não comprar o cêdê (vinte e cinco eypos), não vá o diabo tecê-las e a prestação ser uma merda.
Depois entrámos na sala propriamente dita (lugares em pé, para nós; sentados, para os outros). Algumas impressões rápidas:
E a sala lá encheu, sem ficar à pinha. E eles lá entraram.
Não posso dizer que tenham cumprido as minhas maiores expectativas mas foi no geral um bom concerto que foi crescendo ao longo do tempo. Eu gosto de concertos que começam a abrir e com temas bem conhecidos (antigos) que me agarrem logo, mesmo que inevitavelmente apareça o ponto baixo. Este não foi assim. Para mim, começou por baixo e foi crescendo com as faixas do recente Controlling Crowds (sem sequer tocar no tema-título nem no Bullets que imaginei logo estarem guardadas para o encore) e com as vozes seguras do rapper (Rosko John) e da boa (Maria Q) a ajudar sempre que era preciso (um bocadinho mais do que era preciso, no meu entender).
Eu gosto mesmo muito do álbum NOISE e também fiquei muito impressionado com o último. Mas o último acho que gostei mais de o ouvir gravado (questão de alinhamento) e do Noise ficaram-se pelo Fuck You e pelo Pulse em boas interpretações.
Para o encore, verdadeiramente excelente, guardaram as duas primeiras faixas do "Controlling Crowds" mais uma coisa qualquer que eu não conheço e o supra-citado Pulse.
Momentos muito interessantes, o silêncio respeitoso e atento do público nos trechos mais ambientais e mais emotivos. Em alguns casos, o sussurrar dos refrões pela malta, sem gritar sem gritar.
Os vídeos a acompanhar bem, as luzes também e deu para dançar muito descontraidamente.
Em suma, uma excelente prenda de Natal, em que os reis foram os londrinos, apesar de eu ter preferido mais Noise. Mas isso é um problema meu, não é deles.
Declaração de interesses: as imagens são do meu télélé e são uma merda, eu sei. Tirando a do bilho que saiu directamente do meu scanner.

Este vosso amigo optou por meio litro de cerveja (seis euros e meio) e por não comprar o cêdê (vinte e cinco eypos), não vá o diabo tecê-las e a prestação ser uma merda.
Depois entrámos na sala propriamente dita (lugares em pé, para nós; sentados, para os outros). Algumas impressões rápidas:
- Nem pensar em fumar
- Bebe-se mais ou menos (pouco)
- No início está tudo sentado e em paz e sossego a conversar e a beber, enquanto a coisa não enche
- Muito pessoal da minha geração e um pouco mais velho
- Muito mais juventude do que estava à espera (já sabia que este grupo é mais acarinhado aqui que na terra deles mas não contava com tanta chavalada. Fixe, é bom sinal)
- Uma tela de cinema apresentou as próximas estreias de filmes (como se fosse no cinema)
- Uma banda de suporte de que não retive o nome. Fixe, mas nada de especial.

Não posso dizer que tenham cumprido as minhas maiores expectativas mas foi no geral um bom concerto que foi crescendo ao longo do tempo. Eu gosto de concertos que começam a abrir e com temas bem conhecidos (antigos) que me agarrem logo, mesmo que inevitavelmente apareça o ponto baixo. Este não foi assim. Para mim, começou por baixo e foi crescendo com as faixas do recente Controlling Crowds (sem sequer tocar no tema-título nem no Bullets que imaginei logo estarem guardadas para o encore) e com as vozes seguras do rapper (Rosko John) e da boa (Maria Q) a ajudar sempre que era preciso (um bocadinho mais do que era preciso, no meu entender).

Para o encore, verdadeiramente excelente, guardaram as duas primeiras faixas do "Controlling Crowds" mais uma coisa qualquer que eu não conheço e o supra-citado Pulse.
Momentos muito interessantes, o silêncio respeitoso e atento do público nos trechos mais ambientais e mais emotivos. Em alguns casos, o sussurrar dos refrões pela malta, sem gritar sem gritar.
Os vídeos a acompanhar bem, as luzes também e deu para dançar muito descontraidamente.
Em suma, uma excelente prenda de Natal, em que os reis foram os londrinos, apesar de eu ter preferido mais Noise. Mas isso é um problema meu, não é deles.
Declaração de interesses: as imagens são do meu télélé e são uma merda, eu sei. Tirando a do bilho que saiu directamente do meu scanner.
3 comentários:
Há duas imagens mais interessantes no meu táxi, mas com um relato muito menos fiel!
E é assim que tem que ser! Afinal eu sou apenas um taxista e tu é que percebes destas coiasa da música e dos Moshes, sobretudo em Paris! Eheheh
Bem, espero que tenhas gostado do Natal que este ano terminou mais tarde!
Mas nem imginas tu o que eu tenho reservado para o Carnaval!!! :D
Gostei, gostei.
Do Carnaval é que já não estou a gostar nada ;-) Qué pasa?
E, claro, já fui ver o teu post. É preciso dizer a quem cá venha que aí vá.
"Chapeau" às fotos!
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