sábado, 6 de junho de 2015

Imaginas a pena que tenho de ti? É ainda maior do que a pena que sinto por mim próprio. A sério. Não é figura de estilo e que pena que tenho que não entendas puto da língua portuguesa para perceberes tudo isto mas não me está a apetecer escrever em chinês. Desculpo-me por esse facto. Aliás, é a única coisa pela qual me desculpo. Incrível que tenha ido ao teu funeral há já algum tempo e tu me voltes desta forma ao pensamento. Mais incrível é o pensamento me aparecer ainda com amargura (apesar da pena que tenho de ti). Porque essa pena não é uma compaixão por alguém que não é ajudado apesar das injustiças que sofre, mas antes por alguém que tem tudo o que quer mas não sabe o que quer (nem quer o que sabe). E - fuck - como a vida me corre bem no absoluto. Sim, fui usado. recentemente senti-me USADO. Mas - quem sabe? - até tenha sido bom ter sido usado? Uma dimensão diferente... Apercebi-me disso quando o jogador de cricket ameaçou vir a casa bater-me com o bastão. Ou terá sido um jogador de hóquei com o stick? Não me lembro, tudo é uma mélée no meu cérebro (é assim que se escreve mélée? não sei, tenho nojo de saber). E quando essa ameaça revelou que as palavras doces podes ser quase extremas mas são palavras, mesmo algumas acções importantes podem não passar de acções esporádicas, tudo se desfez em poeira. Repara, não desabou, não ruiu com estrondo, não explodiu... desfez-se em poeira...
E tu morta, vês? Tu morta e enterrada e eu nisto...
Quando penso no terrível acidente que sofreste quase fico contente por já ter sido depois de tudo. A sério... imagina que ele tinha ocorrido num momento... ou em outro... Jizzzzz... ia ficar uma incógnita, uma puta de uma cicatriz que nunca mais desaparece...
E eu que sou dado a cicatrizes... Meu...!
Depois... é evidente que eu não sou a melhor rês do rebanho, todos o sabem, a grande questão é até se eu pertenço ao rebanho ou não. Más línguas dizem que sim, que pertenço ao rebanho, que até sou elemento chave desse rebanho. A verdade é que a engrenagem há anos que se encerra à minha volta. A outra parte da verdade é que eu aproveito o bom desta coisa para um dia que........ E a verdade que sustenta essa parte da verdade é que no fundo no fundo, eu AINDA sou livre.
Livre mesmo de dar pérolas a porcos e, meu fucking deus!, tu sabes que eu dou pérolas a porcos, não sabes? Também sabes que peco que nem um cabrão e que por isso vais ajustar contas mas, olha!, estamos nisso, páh: prepara as orelhas de burro, liberta o canto para eu me sentar de cara para a parede e afina o óleo do chicote! TZL

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