domingo, 30 de setembro de 2012

Rodolphe Burger, Bartleby e o Alien

Este texto foi-me enviado por mensagens pelo escriba Bartleby, aka Joseph Young. Não lhe mexo nem preciso de dar qualquer explicação adicional. Segue aqui:

1.
Rodolphe Burger.
Pois então, como te contava, por volta de 95, 96, apanhei na então estreante tv cabo um video clip de um tipo francês que se tornou logo numa das minhas canções favoritas de sempre e que marcou também o início do meu namoro com a Sarinha.

(Nota do Alien: vão ver o vídeo)

2.
Tempos depois apanhei isto na então XFM e gravei em cassete. Gravei mesmo o tipo a dizer o nome da banda que eu percebi como Catonomar! Por causa deste equívoco e por mais tentativas que fizesse no Google não havia maneira de apanhar qualquer referência. Entretanto o aparelho de cassetes estragou-se e o video há muito que o tinha perdido.
No início deste ano lá me lembrei outra vez da canção e voltei a tentar. Ocorreu-me pela primeira vez tirar o "r" final a catonomar e a coisa funcionou. Reencontrei a canção passados uns 16 anos desde a primeira vez que a ouvi. Coloquei no face e aparece-me a Diana e depois o Pedro todos contentes porque pelos vistos, por essa altura, a música fechava algumas noites no Mercedes e nunca mais a tinham ouvido também desde então. (Ao Mercedes só comecei a ir regularmente uns 6 ou 7 anos depois).
Vou então ouvir umas coisas de Kat Onoma e apanho logo esta versão potentíssima do Radioactvity dos Kraftwerk (repara como as guitarras estão sempre a crescer):

(Nota do Alien: se não viram o vídeo anterior é porque são uns malcriadões, mas TÊM que ver este)

3. 
Gostei do tipo, claras influências do Lou Reed, dos Velvet também sobretudo nos temas mais rock. Ao ouvir coisas mais pop pareceu-me identificar alguns sons... e de repente lembrei-me do filme/documentário do Pedro Costa "Ne Change Rien". Já sabia que Kat Onoma era Rodolpher Burger, vou à ficha do filme e lá estava o tipo. Durante todo o documentário vês o tipo a ensaiar sozinho (e percebes logo que o gajo é bom) ou com banda e a Jeanne Balibar a tentar entrar no tom certo para cantar. No fim uma ou outra canção interessante, especialmente esta:

(Nota do Alien: se não viram o vídeo anterior, vão vê-lo e depois voltem para ver este)

4. 
Ou seja, eu já tinha estado perto do tipo e não sabia... não o tinha associado a La Chambre.
Por fim, encontro um amigo que me diz que entrou numa sala de concertos em França e que ficou colado a ver um tipo que não conhecia. No fim do concerto, quando perguntou de quem se tratava... Rodolphe Burger aka Kat Onoma.
Terá terminado aqui a minha inusitada ligação a este tipo que mal conheço?
Il faut attendre!
Abraço
(Nota do Alien: não era uma sala de concertos, era ao ar livre na fête de l'humanité)

7 comentários:

Taxi Driver disse...

Só mesmo o nosso amigo Bartely poderia ter e descrever estórias destas! E claro, sempre com grandes bandas sonoras! :)

Hugo disse...

Subverti o post, não tendo ainda visto os vídeos... E agora até tenho medo de estragar a narrativa não gostando do som. Enfim... Respiro fundo...vou ver.

Amil Neila disse...

Vais gostar, vais gostar...

bartleby disse...

Ai Meu Deus! Até me sinto embaraçado, mas não grávido :), pelas vossas palavras tão amigas. Sinto por vezes que não estou à altura da vossa amizade. Obrigado gente. Um grande abraço a todos e aqui ao Touze em particular por se dar ao trabalho de estar com isto. Tudo de bom!

Anónimo disse...

a proposito do pedro costa, deixo aqui uma treila dele com uma musica conhecida. abraço!gnç

http://www.youtube.com/watch?v=U82U859LWL0&feature=relmfu

Amil Neila disse...

Em grande, grande Gonça! Lembro-me bem desta treila e - olha! - nunca tinha associado enquanto tocávamos o Lodown Ahahaha. E aquele despir de camisola... A sensualidade da miséria...

Bartleby, o mérito é teu! Tenho dito.

bartleby disse...

Eh...Eh...Eh!!! A linha de baixo mais complicada que toquei! Dava-me cabo dos dedinhos da mão esquerda! :)