sábado, 20 de novembro de 2010

Nouvelles du front

Já há muito que não dou novidades, quase desde que cá esteve o Kimoto (Quando quiseres!). Foi muito porreiro, mas soube a pouco. Entretanto ele saiu para apanhar o abiom e eu saí meia hora depois para apanhar um comboio. A semana de 4 dias deu para um feriado, dois dias em Bruxelas e dois em Madrid. Entretanto apanhei aquela merda no olho outra vez. No olho esquerdo, numa quinta à noite vi que estava a atacar, na sexta de manhã a Farmácia ainda fechada à ida para o trabalho, o écran do PC a emitir radiações, à noite começo o tratamento e tapo o olho. Andei à pirata durante o fds. E foi à pirata que cheguei à Pastelaria Belém - ver post abaixo (se quiserem; se não quiserem deixem lá). Consegui não perder um dia de trabalho. E consegui não ir para lá de olho tapado com os algodões desmaquilhadores da menina (há sempre uma primeira vez para escrever uma palavra: nunca tinha tenatado escrever menina!).
Em todo o caso estou com o olho limpinho, quase quase a cem por cento. Obrigado, Glaxon Smith Kline pelo Zovirax.
(Já agora, obrigado Unicer pel... acho que já disse isto, não?)
Pronto, para acalmar: foi bem mais soft que no início de 2008 (o último ataque em grande) e fui suficientemente esperto para tratar logo.

Ah, também fui ver uma exposição que anda aqui do Basquiat. Acho que devia ser mais interessante (e mais barato) quando ele expunha nas paredes de Nova York, mas não estava mal.
Ah, por falar em Tobacco, o dito-cujo aumentou por aqui. Ainda vou deixar essa merda. Começo a estar farto de me drogar. Zovirax, Lucky Strike, Super Bock, Guronsan, Coktails com merdas diversas misturadas, começa a ser demais...
Mas a semana passada correu bem (no trabalho). E para fechar em beleza, ontem fomos ao 20ème a um bar chamado "La Java" porque havia centenas de concertos por aí fora (Les Nuits Capitales, ou lá como é que se chamava o evento). Bebi umas caiporoskas e ouvimos um sonzito. O problema é que mesmo antes de sair de casa fechei o écran do PC em cima do cabo do I-phone que a rapariga tinha deixado por aí. Quando cheguei dei conta que o LCD tinha rachado e que tenho uma risca de uns dez centímetros de largura na parte inferior do écran (vejam lá se dá para ver pela foto). Agora tenho que fazer uma ginástica monstra para abrir alguns programas. Fomos hoje a uma loja de electrodomésticos e o vendedor foi peremptório (ao contrário da Mediamart em Portugal onde disseram que tinham que mandar para a Sony e que "é preciso ver"): «são uns 400 Euros, mais vale comprar um PC novo». Ficámos pelo meio termo, já está um monitor externo encomendado pela ruedocommerce.com, deve chegar pelo fim da semana. Cento e vinte e tal euros e menos espaço ainda nesta amostra de quarto de vestir convertido em escritório.
E pronto, espero que ao menos tenham gostado de me ler, eu cá gosto de saber que escrevo para vocês todos, mesmo sabendo que vocês são todos suficientemente mauzinhos para preferirem andar pelo Facebook a partilhar parvoíces uns com os outros em vez de virem aqui mandar bitaites. Mas eu vingo-me. Não sei como, mas vingo-me. Talvez quando for à televisão para ser entrevistado como única pessoa no mundo que não está ligado à dita rede social eu fale de vocês todos em termos menos próprios (aqueles cabrões, esses filhos da puta, aquele paneleiro, etc... vocês sabem...)

Um abraço e até ao meu regresso (que já esteve mais longe).

Só uma coisa, esperem, antes de publicar: é sem dúvida o meu pouste com mais publicidade. Imaginem se isto fosse a cobrar. Ia dar para vos dar umas prendas de Natal. Mas não é a cobrar, que pena. Por isso, já sabem, pago-vos um copo a 24 de Dezembro, mesmo antes da consoada.

domingo, 14 de novembro de 2010

Belém em Paris

Hoje fomos a um cantinho "do" Portugal no coração de um belo bairro do 17ème. O interior tem os obrigatórios azulejos, a simpatia tuga em contraponto aos serveurs dos cafés de Paris, ouve-se falar português e francês (e inglês na nossa mesa - estávamos com uma amiga belga) e pode estar-se como se estaria numa qualquer casa de chá em Lisboa ou no Porto. Ainda li o resumo da conferência de imprensa do treinador do GRANDE Fêquêpê na jornal oficial do Benfica, a Bola.
Comeu-se uma bifana (ela), o pastel de nata e o bom e velho café (a Delta tem-nos muito maus e muito bons. Este era dos bons).
Fotografia do meu velho telemóvel

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Un jour férié? Oui, le jeudi 11

Hoje trabalhei umas 12 horas, ontem umas onze. Se juntar dá 23. Em dois dias de trabalho posso bem dizer que trabalhei por três.
Mereço bem o feriado do fim da Primeira Guerra amanhã ;-)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Prémio a um "fora"

Tinha lido todos os seus romances antes de vir para França. Primeiro o "Partículas Elementares"; depois o "Plataforma"; a "Possibilidade de uma Ilha" - o que menos me agradou; e, finalmente, o seu primeiro livro - mas creio que o último a ser traduzido em português - "Extensão do Domínio da Luta". Já tinha visto que tinha saído mais um, "La carte et le territoire" e já tinha pensado (e dito) que seria talvez o primeiro livro a sério que me ia lançar a ler em francês.
Hoje, Michel Houellebecq foi galardoado com o prémio Goncourt, um dos dois ou três prémios literários mais importantes da Europa e uma verdadeira orgia mediática num país que (ainda) ama a literatura (e o cinema, já agora, mas isso é outra história).
Já tinha lido umas críticas e uma longa entrevista sua à Inrockuptibles. Já tinha percebido que era um livro menos polémico que os anteriores mas tão bem escrito como eles. Parece que foi escolhido à primeira volta e por 7 votos em 9.
Parabéns. A ver vamos se espero para poder comprá-lo em Portugal ou se não resisto a começá-lo no original.

Já agora, o valor do prémio Goncourt foi-lhe pago em cheque, enquanto bebia um copo de champagne. O valor?
Foto de Houellebecq gamada de http://www.cinencuentro.com