Gosto de ti. És uma excelente pessoa e estás do meu lado quando é preciso. Além do mais, uma boa discussão nunca te assustou. Pelo contrário, tens um prazer selvagem nas trocas de ideias e és aguerrida como numa batalha quando se trata de defender o teu ponto de vista. Mas não sei se vais ler este texto. Não to vou publicitar e sei que se quiseres mesmo lê-lo hás-de (hás de ? [riso de desprezo]) encontrá-lo. De resto, sei que o assunto mereceria mais do que meia dúzia de ideias alinhavadas à pressão e, sem dúvida, pediria melhor português. Mas, já sabes: para mim, tratou-se de vir à luta. E explicar-me à pressa contra os fáceis argumentos de quem desrespeita a língua portuguesa de tal maneira mais do que eu que não tem pejo em defender a sua substituição imediata por um sucedâneo engendrado à pressão. E sigam os argumentos que isto pode tornar-se longo:
O argumento da evolução
Creio que poucos dos meus amigos o diriam. Mas eu conservador me confesso. Tenho um fraquinho por deixar as coisas como estão. Que não estão mal.
No entanto, à laia de parêntesis, defendo-me – e isto, todos os meus amigos o testemunharão – anti-tradicionalista.
O tradicionalista quer à força manter usos e costumes sem qualquer utilidade. O conservador recusa-se a mudanças forçadas e, para ele, despropositadas. Não quero deixar, na minha magnanimidade, de sublinhar o “para ele” porque este argumento é talvez o que mais me custa lançar à mesa. E veja-se que por ele comecei… A nossa língua evoluiu. Para não dar um tom enciclopédico, nem mostrar conhecimentos que não possuo, dispenso-me de resumir essa evolução (para não ir mais longe, admitamos que desde o Latim) até ao idioma hoje utilizado em Portugal. Confesso-me resistente à leitura do Padre António Vieira no português em que foi escrito e assumo a minha dificuldade em ler o Eça tal como nos foi dado a ler nas primeiras edições (e olha que já tentei). Vila para mim só tem um L e pelo não leva circunflexo. No entanto, nada me chocaria se tivesse que ir à Pharmácia (e enquanto lá vá para Ben-hu-ron ou Guronsan, já a coisa não está mal de todo). Tenho mesmo tendência a utilizar o trema (com toda a tranqüilidade). Uma língua evolui e pode mesmo evoluir por decreto. Não pode é evoluir porque sim ou por qualquer dos argumentos mais comummente utilizados pelos defensores do acrodo ortográfico. Sobretudo, não pode evoluir contra a maior parte dos filologistas e escritores vivos. Porque não.
O argumento do “acordo entre os países lusófonos”
Muitos dos detractores do acordo utilizam à saciedade o facto de nos rebaixarmos ao português do Brasil. Os outros usam como contra-exemplo a adopção pelo Brasil de algumas formas em uso na Europa (no meu mal disfarçado elitismo, gosto de dizer aos meus colegas estrangeiros que o meu dicionário está configurado para Português da Europa hehehe). Peçam-se exemplos e brindar-nos-ão com a frase “eles deixam cair o trema”. Excelente!! Deixam cair uma acentuação que nós estupidamente deixámos cair no século passado. Como deixamos cair o acento grave (tão giro e útil) nas acentuações para lá da antepenúltima sílaba (exemplo: agradàvelmente). Ou seja: no fundo, e segundo os iluminados criadores deste AO, juntámo-nos aos restantes países (a quem levámos o português) com o objectivo de uniformizar. Com, enfim, um único objectivo fundamental. Ou vejamos:
O argumento do facilitismo (ou a base na uniformidade fonética)
Quando andava na escola primária, não pensava em sexo. Talvez por isso, só dividia os meus colegas em dois tipos (eles eram todos boa gente): os meus colegas espertos e os meus colegas burros. Os meus colegas espertos, nos ditados, tinham zero erros. Às vezes tinham um, ou mesmo dois. Os meus colegas burros chegavam, em alguns exercícios, aos dez erros. E com o requinte de errar mais que uma vez na mesma palavra. Para ajudar os “burros” – afinal eles estavam a aprender – as professoras liam os textos com a maior proximidade ao oral que lhes era possível. Foi assim que equipa passou a ser équipa, economia passou a éconómia e por aí fora. Claro que alguns desses “burros” devem ser hoje mais bem sucedidos do que eu. Alguns serão até professores de História ou de Português, empresários ou escrevedores de blogues. Mas os mais importantes devem mesmo ser os jornalistas que paulatinamente vão modificando a língua portuguêsa, restringindo-a ao sotaque lisboeta e sem precisare de acordo ou decreto.
O facilitismo vigente não se resume à escrita ou à pronúncia. Não é hoje necessário conhecer as mais elementares regras da aritmética para aceder a um curso superior e concluí-lo. Que dizer então dos conhecimentos de História, Geografia, Economia ou Filosofia? Nada, não vou dizer nada que isto levar-nos-ia a uma discussão que ainda há-de vir mas não agora. Cabe apenas referir que a língua – qualquer uma – é mais do que um meio de comunicação. É estruturante no raciocínio, na nossa forma de viver a nacionalidade (seja ela Angolana, Timorense ou Portugues), na percepção da nossa história, literatura ou música, é arma de resistência política, de diferenciação e luta contra um invasor. Em suma, é… acertaram, nem foi preciso citá-lo.
É um risco tremendo; é uma perigosa hipoteca deixar que ela seja moldada por qualquer comissão temporária com objectivos pouco claros. Ainda por cima, falar em simplificação quando, em alguns casos, passaremos a admitir 4 formas em vez de duas…
O argumento da uniformização (leia-se globalização, sem ofensa)
Globalizar a língua (adiante falarei de mercado) fazendo concessões, avanços e recuos, negociando acentos, consoantes e hífenes permitir-nos-á utilizar os mesmos textos no Brasil, em Cabo Verde ou em Moçambique. Ora, qualquer leitor apaixonado de Machado de Assis, João Ubaldo Ribeiro ou Nélson Rodrigues poderá garantir que tem o maior prazer (todo o prazer) em lê-lo no delicioso português do Brasil. O mesmo é válido para qualquer amante da Bossanova ou das telenovelas brasileiras. Qualquer um deles se sentiria defraudado se “traduzissem” esses textos. Imagino que seja este sentimento o que prevalece em qualquer brasileiro que ame Camões ou Camilo. Este amigo que vos escreve já leu mesmo autores norte-americanos traduzidos em “brasileiro” e não só conseguiu lê-los como adorou.
Este argumento não colhe. E se, amanhã, o brasileiro evoluir sózinho? Tanto que se torne mesmo uma língua de pleno direito? Boa sorte! Porque não? Passarei, nessa altura a acrescentar uma língua no meu CV.
É só a mim que cheira a esturro esta necessidade urgente de uniformizar quem tão bem se compreende? Que pensarão os mirandeses de tudo isto? E porque não incluí-los nesta demanda? Afinal, eles só têm a ganhar com um mercado de dez milhões de portugueses… Mas calma com o mercado, já lá vamos. Antes, vamos falar de moscas. E de merda.
O argumento da evolução sem nada mudar
Numa réstia de desespero, agarram-se os nossos amigos a outra tábua de salvação. E dirão eles:
“Mas não vai mudar muita coisa. São apenas 2800 vocábulos” (1,6 % para Portugal, 0,5% para o Brasil)
É o bom e velho português a falar: mudar tudo para que tudo fique na mesma. Bom, numa frase: se vai mudar tão pouco para quê tanto latim? Deixemos ficar como está. Ou isto será só o primeiro passo? Para quando o verbo aver? A umidade? O fim do hífen, em vez da sua morte lentas? Se isto é tudo fonética e “comunicação”…
Mas… esperem! E se houvesse dinheiro envolvido?
O argumento do mercado
O melhor, o meu preferido. Mas o argumento do mercado (ou ainda melhor, o das audiências) é sempre um dos meus preferidos quando se fala de… factos.
Vou imaginar por alguns momentos que sou accionista e executivo de uma editora: tenho as minhas dificuldades, claro. Só de pensar nisso já estou a ficar cansado e um bocado mais pobre. Afinal, por cá estuda-se pouco, lê-se menos e não há dinheiro. Tenho os meus custos fixos (salários, escritórios, software) e os meus custos de vendas (impressão, publicidade, comissões). E depois tenho mercado (se for de um grande conglomerado que vem da televisão e tem muitos amigos) ou não tenho (se for apenas mais um parvo que não vendeu a micro-empresa a esse grupo). Mas como ter mercado? Essa parte dá trabalho. Afinal, imprimir livros toda a gente faz e não faltam escritores (mesmo bons) a morrer à fome.
Como empresário português que sou nada me cai melhor do que ter o Estado a trabalhar para mim. Para quê convencer as pessoas a ler, a consumir literatura de qualidade, se posso ter alguém a “trabalhar” para mim? Porque eu sei fazer tudo. E bem. E barato. Excepto uma coisa: angariar cliente. De preferência clientes que paguem e que possam ajudar-me a sustentar os “excedentes” das empresas que comprei enquanto penso na melhor forma de despedi-los. Oooppssss, dispensá-los, quero dizer.
E que me propõem de repente a mim, que ainda por cima edito livros escolares? A garantia de que, durante longos anos, tenho como adquirida a possibilidade de ocupar todo o meu pessoal a reeditar os meus títulos. Pois na escola não vamos utilizar uma língua não oficial.
E isto sem o mínimo esforço comercial, sem a mais pálida sombra de estratégia de marketing, sem nenhum esforço de inovação ou divulgação de produto. Bibliotecas públicas, escolas, documentos oficiais. Tudo a comprar sem eu nada propôr.
E, como sobremesa, os 200 milhões do Brasil. Não admira que as editoras estejam “de acordo”. Mas é curioso que não se passe o mesmo com os escritores. Será que o mercado dos 200 milhões não lhes é apetecível? Sim, claro que é. Mas, …, esqueçam, voltem ao ponto da uniformização. Mesmo que eu, meus caros amigos, fosse dos que acham que o mercado é desculpa para o que quer que seja, ia ter dificuldade em engolir esta.
Agora podia tentar acabar em beleza. E não era muito difícil. Esgalhava uma frase escrita com exemplos do novo acordo (e há matéria) para discussão.
Mas isso deixo a quem tiver paciência que estou todo roto.
(1)Riscar o que não interessa
O argumento da evolução
Creio que poucos dos meus amigos o diriam. Mas eu conservador me confesso. Tenho um fraquinho por deixar as coisas como estão. Que não estão mal.
No entanto, à laia de parêntesis, defendo-me – e isto, todos os meus amigos o testemunharão – anti-tradicionalista.
O tradicionalista quer à força manter usos e costumes sem qualquer utilidade. O conservador recusa-se a mudanças forçadas e, para ele, despropositadas. Não quero deixar, na minha magnanimidade, de sublinhar o “para ele” porque este argumento é talvez o que mais me custa lançar à mesa. E veja-se que por ele comecei… A nossa língua evoluiu. Para não dar um tom enciclopédico, nem mostrar conhecimentos que não possuo, dispenso-me de resumir essa evolução (para não ir mais longe, admitamos que desde o Latim) até ao idioma hoje utilizado em Portugal. Confesso-me resistente à leitura do Padre António Vieira no português em que foi escrito e assumo a minha dificuldade em ler o Eça tal como nos foi dado a ler nas primeiras edições (e olha que já tentei). Vila para mim só tem um L e pelo não leva circunflexo. No entanto, nada me chocaria se tivesse que ir à Pharmácia (e enquanto lá vá para Ben-hu-ron ou Guronsan, já a coisa não está mal de todo). Tenho mesmo tendência a utilizar o trema (com toda a tranqüilidade). Uma língua evolui e pode mesmo evoluir por decreto. Não pode é evoluir porque sim ou por qualquer dos argumentos mais comummente utilizados pelos defensores do acrodo ortográfico. Sobretudo, não pode evoluir contra a maior parte dos filologistas e escritores vivos. Porque não.
O argumento do “acordo entre os países lusófonos”
Muitos dos detractores do acordo utilizam à saciedade o facto de nos rebaixarmos ao português do Brasil. Os outros usam como contra-exemplo a adopção pelo Brasil de algumas formas em uso na Europa (no meu mal disfarçado elitismo, gosto de dizer aos meus colegas estrangeiros que o meu dicionário está configurado para Português da Europa hehehe). Peçam-se exemplos e brindar-nos-ão com a frase “eles deixam cair o trema”. Excelente!! Deixam cair uma acentuação que nós estupidamente deixámos cair no século passado. Como deixamos cair o acento grave (tão giro e útil) nas acentuações para lá da antepenúltima sílaba (exemplo: agradàvelmente). Ou seja: no fundo, e segundo os iluminados criadores deste AO, juntámo-nos aos restantes países (a quem levámos o português) com o objectivo de uniformizar. Com, enfim, um único objectivo fundamental. Ou vejamos:
O argumento do facilitismo (ou a base na uniformidade fonética)
Quando andava na escola primária, não pensava em sexo. Talvez por isso, só dividia os meus colegas em dois tipos (eles eram todos boa gente): os meus colegas espertos e os meus colegas burros. Os meus colegas espertos, nos ditados, tinham zero erros. Às vezes tinham um, ou mesmo dois. Os meus colegas burros chegavam, em alguns exercícios, aos dez erros. E com o requinte de errar mais que uma vez na mesma palavra. Para ajudar os “burros” – afinal eles estavam a aprender – as professoras liam os textos com a maior proximidade ao oral que lhes era possível. Foi assim que equipa passou a ser équipa, economia passou a éconómia e por aí fora. Claro que alguns desses “burros” devem ser hoje mais bem sucedidos do que eu. Alguns serão até professores de História ou de Português, empresários ou escrevedores de blogues. Mas os mais importantes devem mesmo ser os jornalistas que paulatinamente vão modificando a língua portuguêsa, restringindo-a ao sotaque lisboeta e sem precisare de acordo ou decreto.
O facilitismo vigente não se resume à escrita ou à pronúncia. Não é hoje necessário conhecer as mais elementares regras da aritmética para aceder a um curso superior e concluí-lo. Que dizer então dos conhecimentos de História, Geografia, Economia ou Filosofia? Nada, não vou dizer nada que isto levar-nos-ia a uma discussão que ainda há-de vir mas não agora. Cabe apenas referir que a língua – qualquer uma – é mais do que um meio de comunicação. É estruturante no raciocínio, na nossa forma de viver a nacionalidade (seja ela Angolana, Timorense ou Portugues), na percepção da nossa história, literatura ou música, é arma de resistência política, de diferenciação e luta contra um invasor. Em suma, é… acertaram, nem foi preciso citá-lo.
É um risco tremendo; é uma perigosa hipoteca deixar que ela seja moldada por qualquer comissão temporária com objectivos pouco claros. Ainda por cima, falar em simplificação quando, em alguns casos, passaremos a admitir 4 formas em vez de duas…
O argumento da uniformização (leia-se globalização, sem ofensa)
Globalizar a língua (adiante falarei de mercado) fazendo concessões, avanços e recuos, negociando acentos, consoantes e hífenes permitir-nos-á utilizar os mesmos textos no Brasil, em Cabo Verde ou em Moçambique. Ora, qualquer leitor apaixonado de Machado de Assis, João Ubaldo Ribeiro ou Nélson Rodrigues poderá garantir que tem o maior prazer (todo o prazer) em lê-lo no delicioso português do Brasil. O mesmo é válido para qualquer amante da Bossanova ou das telenovelas brasileiras. Qualquer um deles se sentiria defraudado se “traduzissem” esses textos. Imagino que seja este sentimento o que prevalece em qualquer brasileiro que ame Camões ou Camilo. Este amigo que vos escreve já leu mesmo autores norte-americanos traduzidos em “brasileiro” e não só conseguiu lê-los como adorou.
Este argumento não colhe. E se, amanhã, o brasileiro evoluir sózinho? Tanto que se torne mesmo uma língua de pleno direito? Boa sorte! Porque não? Passarei, nessa altura a acrescentar uma língua no meu CV.
É só a mim que cheira a esturro esta necessidade urgente de uniformizar quem tão bem se compreende? Que pensarão os mirandeses de tudo isto? E porque não incluí-los nesta demanda? Afinal, eles só têm a ganhar com um mercado de dez milhões de portugueses… Mas calma com o mercado, já lá vamos. Antes, vamos falar de moscas. E de merda.
O argumento da evolução sem nada mudar
Numa réstia de desespero, agarram-se os nossos amigos a outra tábua de salvação. E dirão eles:
“Mas não vai mudar muita coisa. São apenas 2800 vocábulos” (1,6 % para Portugal, 0,5% para o Brasil)
É o bom e velho português a falar: mudar tudo para que tudo fique na mesma. Bom, numa frase: se vai mudar tão pouco para quê tanto latim? Deixemos ficar como está. Ou isto será só o primeiro passo? Para quando o verbo aver? A umidade? O fim do hífen, em vez da sua morte lentas? Se isto é tudo fonética e “comunicação”…
Mas… esperem! E se houvesse dinheiro envolvido?
O argumento do mercado
O melhor, o meu preferido. Mas o argumento do mercado (ou ainda melhor, o das audiências) é sempre um dos meus preferidos quando se fala de… factos.
Vou imaginar por alguns momentos que sou accionista e executivo de uma editora: tenho as minhas dificuldades, claro. Só de pensar nisso já estou a ficar cansado e um bocado mais pobre. Afinal, por cá estuda-se pouco, lê-se menos e não há dinheiro. Tenho os meus custos fixos (salários, escritórios, software) e os meus custos de vendas (impressão, publicidade, comissões). E depois tenho mercado (se for de um grande conglomerado que vem da televisão e tem muitos amigos) ou não tenho (se for apenas mais um parvo que não vendeu a micro-empresa a esse grupo). Mas como ter mercado? Essa parte dá trabalho. Afinal, imprimir livros toda a gente faz e não faltam escritores (mesmo bons) a morrer à fome.
Como empresário português que sou nada me cai melhor do que ter o Estado a trabalhar para mim. Para quê convencer as pessoas a ler, a consumir literatura de qualidade, se posso ter alguém a “trabalhar” para mim? Porque eu sei fazer tudo. E bem. E barato. Excepto uma coisa: angariar cliente. De preferência clientes que paguem e que possam ajudar-me a sustentar os “excedentes” das empresas que comprei enquanto penso na melhor forma de despedi-los. Oooppssss, dispensá-los, quero dizer.
E que me propõem de repente a mim, que ainda por cima edito livros escolares? A garantia de que, durante longos anos, tenho como adquirida a possibilidade de ocupar todo o meu pessoal a reeditar os meus títulos. Pois na escola não vamos utilizar uma língua não oficial.
E isto sem o mínimo esforço comercial, sem a mais pálida sombra de estratégia de marketing, sem nenhum esforço de inovação ou divulgação de produto. Bibliotecas públicas, escolas, documentos oficiais. Tudo a comprar sem eu nada propôr.
E, como sobremesa, os 200 milhões do Brasil. Não admira que as editoras estejam “de acordo”. Mas é curioso que não se passe o mesmo com os escritores. Será que o mercado dos 200 milhões não lhes é apetecível? Sim, claro que é. Mas, …, esqueçam, voltem ao ponto da uniformização. Mesmo que eu, meus caros amigos, fosse dos que acham que o mercado é desculpa para o que quer que seja, ia ter dificuldade em engolir esta.
Agora podia tentar acabar em beleza. E não era muito difícil. Esgalhava uma frase escrita com exemplos do novo acordo (e há matéria) para discussão.
Mas isso deixo a quem tiver paciência que estou todo roto.
(1)Riscar o que não interessa
6 comentários:
Foda-se! (Em Português Tuga, pois acho que nem se usa muito no Brasil!) Que grande posta, oh Mosher!
Isto sim é argumentar!
Quanto ao assunto, não assumo posição tirando uma:
O argumento do facilitismo na aprendizagem é algo que não me convence. Daqui a nada temos os putos a ouvir os livros do Eça em vez de os ler...
Always a pleasure! (Só para meter mais uma língua ao barulho! Ehehehe)
Completamente de acordo, se tirar uma vírgula (ou acento)! Espero que ela leia (vou fazer por isso)...
O "se" do comentário é, na verdade, "sem".
Eu, nao tiraria uma vírgula, só o acento a "sozinho"!
Pois é, Everything, a Mé já mo tinha dito. Mantenho, mesmo assim, fica a emenda. Assim o O não se sente tão sozinho ;-)
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