Dedicado a um amigo que conheci a ouvir Faith No More (ou não...) e escrito sob pressão dele
O meu próximo "Concertos Que Não Vi" era para ser sobre Faith No More. E será sobre Faith No More. Primeiro, porque Faith No More, no Pavilhão do Bessa, a 30 de Junho de 1993 (Hèlasssss!) foi um concerto que não vi. Depois, porque continuo a lamentar não ter visto um concerto em que era ainda Jim Martin quem tomava conta das seis cordas. Conheço mal os álbuns posteriores ao Angel Dust, aqueles precisamente em que ele não participou. São bons álbuns. É excelente música. Não perdi de todo o interessa que tinha pela banda quando o Jim saiu. Mas os álbuns depois de The Real Thing e Angel Dust não são seguramente um anti-climax mas são, sem dúvida, um pós-climax.
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Conheci o Gonçalo em 94. Fomos, casualmente, postos frente a frente numa situação imprevisível para mim. Conversamos o bastante para descobrirmos pontos em comum. Mas, de uma certa forma, foi a música dos Faith No More que realmente nos aproximou. Não sei se apanhei boleia e os ouvi no carro dele. Ou se, conversa puxa conversa, ele me falou do concerto que tinha visto (sim, o tal de 92). Mas sei que foi a partir daí que me apercebi que ele era dos meus. Até hoje. Contando década e meia em que já cruzamos amigos, aventuras, noites, bebedeiras e até mesmo um palco.
***
Mike Patton é um crooner. Um crooner do rock. Já o tinha dito quando vi Mr. Bungle no alto minho no ano 2000.
Agarra no micro, agarra no público, e impõe a sua voz e o seu carisma a uma multidão que pagou para o ver.
À frente das cortinas vermelhas de teatro, cabelo puxado atràs, fato bege, flor na lapela, é uma verdadeira Rock Star.
Tão verdadeira como quando, na Brixton Academy, o vemos de calças de couro, tronco nu, cabelo pelo meio das costas e capacete à polícia a berrar-nos que queremos tudo mas não o conseguimos ter. Que está nas nossas mão mas não o conseguimos agarrar. Como o concerto de 92.
***
E seja cantando uma tal de Reunited ao som de piano, e partido para a demolição com From Out Of Nowhere, Be Aggressive (sem o coro das gajas tão descaradamente copiado por Marylin Manson anos depois), Caffeine e Surprise! You're Dead, seja quando partiu para as músicas pós-Martin, cantando a Easy com solo de guitarra a preceito (superior ao solo de sax do original dos Commodores e melhor que a voz do Lionel Richie, claro), para não falar de Midlife Crises, Epic ou o fim glorioso com o "We Care a Lot", ele é sempre o maior, ele é sempre o centro.
Foi potente. Vi franciús a berrarem as putas das letras todas. Vi o pessoal em êxtase. Procurem no youtube, vejam os comments.
***
Faltou o The Real Thing (um hino). Faltou o Malpractice. Ou o Crack Hittler. O Smaller and Smaller. E o Crab Song. Faltaram muitas, claro, menos do que teria faltado há dezasseis anos quando se celebrava o Angel Dust no Porto. Faltou-me estar um bocadinho mais perto do palco (não estava longe).
Foi muito bom.
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Conheci o Gonçalo em 94. Fomos, casualmente, postos frente a frente numa situação imprevisível para mim. Conversamos o bastante para descobrirmos pontos em comum. Mas, de uma certa forma, foi a música dos Faith No More que realmente nos aproximou. Não sei se apanhei boleia e os ouvi no carro dele. Ou se, conversa puxa conversa, ele me falou do concerto que tinha visto (sim, o tal de 92). Mas sei que foi a partir daí que me apercebi que ele era dos meus. Até hoje. Contando década e meia em que já cruzamos amigos, aventuras, noites, bebedeiras e até mesmo um palco.
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Mike Patton é um crooner. Um crooner do rock. Já o tinha dito quando vi Mr. Bungle no alto minho no ano 2000.
Agarra no micro, agarra no público, e impõe a sua voz e o seu carisma a uma multidão que pagou para o ver.
À frente das cortinas vermelhas de teatro, cabelo puxado atràs, fato bege, flor na lapela, é uma verdadeira Rock Star.
Tão verdadeira como quando, na Brixton Academy, o vemos de calças de couro, tronco nu, cabelo pelo meio das costas e capacete à polícia a berrar-nos que queremos tudo mas não o conseguimos ter. Que está nas nossas mão mas não o conseguimos agarrar. Como o concerto de 92.
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E seja cantando uma tal de Reunited ao som de piano, e partido para a demolição com From Out Of Nowhere, Be Aggressive (sem o coro das gajas tão descaradamente copiado por Marylin Manson anos depois), Caffeine e Surprise! You're Dead, seja quando partiu para as músicas pós-Martin, cantando a Easy com solo de guitarra a preceito (superior ao solo de sax do original dos Commodores e melhor que a voz do Lionel Richie, claro), para não falar de Midlife Crises, Epic ou o fim glorioso com o "We Care a Lot", ele é sempre o maior, ele é sempre o centro.
Foi potente. Vi franciús a berrarem as putas das letras todas. Vi o pessoal em êxtase. Procurem no youtube, vejam os comments.
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Faltou o The Real Thing (um hino). Faltou o Malpractice. Ou o Crack Hittler. O Smaller and Smaller. E o Crab Song. Faltaram muitas, claro, menos do que teria faltado há dezasseis anos quando se celebrava o Angel Dust no Porto. Faltou-me estar um bocadinho mais perto do palco (não estava longe).
Foi muito bom.
FOI MUUUUUUUIIIIIIITTTTTTTOOOOO BBBBBBOOOOOOOOOMMMMMMM
8 comentários:
quem me dera ter visto estes gajos...
Foi demais! E este post está demais! Fez-me viajar de novo até àquela multidão onde tantos saltos dei, tantos berros mandei e tanta poeira mamei! All worth it!!!
Uma posta para a posteridade! long live!
obrigado camarada
Tinhas aproveitado e também os vias aqui por terras lusas, no Sudoeste :P
Saudações Tasqueiras ;)
Também já os via novamente - tenho ouvido o Angel Dust como vício matinal. Brevemente contacto, para um pequeno cravanço que tenho a fazer a vossa excelência!
Está À vontade, Filósóf. By the way, já li o Roth. Gostei, a história agarra e tem boas ideias, mas (não sei se é a tradução que não funciona - o que é estranho visto tratar-se da tipa que traduz os Miller e outros americanos para português); mas, dizia, há frases tão longas que perdem a funcionalidade...
Precisamente a 30 de Junho de 93...e lá estava je :) Saudades deu ao ler isto! Fica bem
Olá, Escargot, trouxeste a casa às costas? Ainda me falta o post sobre esse dia 30 de Junho, para continuar a série concertos que não vi, o quinto ;-)
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