Se é que posso sentir-me orgulhoso de um "não-voto", sinto-me orgulhoso de não ter votado no actual presidente da república.
É o chefe de estado mais deplorável que poderíamos ter e o pior do período democrático.
Nem sequer tomo como exemplo (não é exemplar da sua postura habitual, de facto) a piada do sapato, mas posso tomar como exemplar o facto de ponderar seguir um conselho de um assessor de falar muito sem dizer nada.
Exemplos de frases recentes:
"Não compete ao presidente da república comentar blá blá blá..."
"O papel do presidente da república não pode ser de intervenção na vida política ao nível de blá blá blá..."
"Tenho que deixar funcionar as instituições sem contribuir blá blá blá..."
"O presidente não faz comentários sobre blá blá blá..."
Um estilo, sem dúvida.
MAS SOBRE QUE CARALHO É QUE ESTE GAJO TEM UMA OPINIÃO?
E agora as piadas? A do Jipe carregado de dossiers? A do hipotético assessor de imprensa?
E a Maria a rir-se com aquele ar de apaixonado?
Mas desde quando é que o sentido de humor rima com o cavaco?
Será que o tipo anda a ler algum livro de auto-ajuda?
Lembram-se quando Soares disse, durante a última campanha presidencial, que o Cavaco não podia estar a representar o país fora de portas? Que "não tem conversa"?
Mas não é só. O homem foi dos piores primeiros-ministros que tivemos. E não me venham falar do Guterres. Não, não me venham falar do Sócrates. Não gostei de Guterres. Não gosto do Sócrates. Mas o Cavaco teve mais oportunidades que os dois juntos. E não estou a falar de tempo ou de estabilidade na assembleia. Ele teve uma conjuntura de feição e fundos para distribuir.
Ele (com responsabilidade para os seus ministros) deu cabo da minha geração com a piada do dinheiro fácil, das aparências, do desleixo pelos jornais, os livros ou a música (apesar do cunhado). Eu sei que "enriquecemos" muuuuuito. Eu sei. Eu vi contabilistas virarem novos-ricos, mulheres da limpeza comprarem mercedes, trolhas fazerem casas com piscina. Enriquecemos, isso é verdade. Continuamos a ser um país rico, aliás.
Mas lá que me envergonho do tipo, ai isso é que me envergonho.
É o chefe de estado mais deplorável que poderíamos ter e o pior do período democrático.
Nem sequer tomo como exemplo (não é exemplar da sua postura habitual, de facto) a piada do sapato, mas posso tomar como exemplar o facto de ponderar seguir um conselho de um assessor de falar muito sem dizer nada.
Exemplos de frases recentes:
"Não compete ao presidente da república comentar blá blá blá..."
"O papel do presidente da república não pode ser de intervenção na vida política ao nível de blá blá blá..."
"Tenho que deixar funcionar as instituições sem contribuir blá blá blá..."
"O presidente não faz comentários sobre blá blá blá..."
Um estilo, sem dúvida.
MAS SOBRE QUE CARALHO É QUE ESTE GAJO TEM UMA OPINIÃO?
E agora as piadas? A do Jipe carregado de dossiers? A do hipotético assessor de imprensa?
E a Maria a rir-se com aquele ar de apaixonado?
Mas desde quando é que o sentido de humor rima com o cavaco?
Será que o tipo anda a ler algum livro de auto-ajuda?
Lembram-se quando Soares disse, durante a última campanha presidencial, que o Cavaco não podia estar a representar o país fora de portas? Que "não tem conversa"?
Mas não é só. O homem foi dos piores primeiros-ministros que tivemos. E não me venham falar do Guterres. Não, não me venham falar do Sócrates. Não gostei de Guterres. Não gosto do Sócrates. Mas o Cavaco teve mais oportunidades que os dois juntos. E não estou a falar de tempo ou de estabilidade na assembleia. Ele teve uma conjuntura de feição e fundos para distribuir.
Ele (com responsabilidade para os seus ministros) deu cabo da minha geração com a piada do dinheiro fácil, das aparências, do desleixo pelos jornais, os livros ou a música (apesar do cunhado). Eu sei que "enriquecemos" muuuuuito. Eu sei. Eu vi contabilistas virarem novos-ricos, mulheres da limpeza comprarem mercedes, trolhas fazerem casas com piscina. Enriquecemos, isso é verdade. Continuamos a ser um país rico, aliás.
Mas lá que me envergonho do tipo, ai isso é que me envergonho.
13 comentários:
Discordo. O pior PR que tivemos foi o dr. Soares - que foi, por duas vezes, um bom Primeiro-ministro.
Sei que a maioria pensa ao contrário, mas não vou atrás só por ir...
Concordo.
Aliás, hoje quem devia estar a ocupar aquela poltrona era mesmo Mário Soares.
Eu ainda sou muito jovem para me lembrar da política cavaquista. Mas que não tenho orgulho nenhum no PR (e não votei nele) não tenho.
Agora, só um detalhe: Essa da mulher da limpeza conseguir comprar mercedes foi "fraco e à figura" como já alguém disse! ;)
Curiosa opinião, rps. Talvez a "maioria" naºo pense ao contrário (pelo menos em relação ao primeiro-ministro. E de certeza que a "maioria" pensa que Cavaco foi bom primeiro-ministro ou não o teriam eleito para PR.
Táxi, depende da idade e das mamas da mulher-a-dias, obviamente
O Cavaco, o mesmo Cavaco que celebra o "dia da raça" no 10 de Junho, é, além de tudo mais, um presidente inculto. Ora o próprio cargo de PR pressupõe cultura, o que torna a figura desde logo deslocada no lugar. Mas hoje, concretamente, celebra-se na Europa a reeleição de uma das figuras mais detestáveis e mais nulas do panorama Europeu: uma personagem servil, oportunista e incompetente em todos os lugares políticos que ocupou. Seria outro exemplo de alvo para o arremesso do cavaco - e da mesma família!
Exactamente, Philósóf. Quanto À questão da "cultura" nem achei necessário referi-lo tão claramente. De qualquer maneira, tudo (ou quase) o que disse o demonstra.
Quanto à "família", escrevi - e retirei para não complicar - «Ele (com responsabilidade para os seus ministros - QUE ANDAM AÍ)...».
Queria referir-me às Nelinhas, aos Santanas, aos Loureiros, aos Durões, etc... E o Durão: um tratado. Ainda hoje li uma num jornal gratuito cá do sítio. A opinião é unânime: detestável. Diplomata, demagogo, politiqueiro, amiguista sempre em busca de relações, até aqui se lhe referem como "antigo maoísta agora neo-liberal". Um caceteiro, sejam quais forem os métodos, seja qual for o cacete. E um militarista, como disse o outro... E bem, o gajo que quis ficar ao lado do Aznar a esticar o pescoço para a objectiva na invasão do Iraque. Em suma: se não estamos bem fodidos, é porque temos uma resistência do caralho...
caro amil:
não poderia estar mais de acordo. ainda ontem pensei. Quando li isto agora, senti-me confortado. Não retirava uma vírgula!TU SABES. Quando foi primeiro ministro, foi de facto, um atrasado mental. A presidente é um atrasado mental. A esposa dá-me vómitos. Ele dá-me vontade de vomitar, cagar, mijar, juntar tudo e atirar-lhe ás trombas, para ser delicado. Eu sei que não tenho grandes argumentos. Não preciso.
E já o viu comer Bolo-Rei?
Pois é, Gonzaga, ele há ódiozinhos que não atenuam.
Se já o vimos a comer bolo-rei... Coitado, um pequeno desleixo, chegou a dar pena
Concordo menos na parte em que foi pior que o Guterres e que teve oportunidades a dobrar do que o Guterres. Isso, lamento... é falso.
Cavaco fodeu este país ao introduzir milhares de malandros na função pública e ao atribuir benesses como ninguém à FP (valeu-lhe uma segunda maioria absoluta), fodeu-nos as reformas que vão ser miseráveis.
Guterres abriu a porta ao despesismo, arruinou as contas do país quando Portugal recebia o dobro do que recebia no tempo de cavaco. Abriu portas à cultura do crédito, alimentando a banca gorda que hoje domina esta merda e provocou a crise financeira. Criou um Estado em que toda gente julga que é bom comprar e pagar depois... e acaba por não pagar com prejuízos para todos.
Era meter tudo no Campo Pequeno e...
Fora, tu mesmo dizes que foi Cavaco (e não Guterres) quem abriu a porta ao despesismo.
Citando: "Cavaco fodeu este país ao introduzir milhares de malandros na função pública e ao atribuir benesses como ninguém à FP (valeu-lhe uma segunda maioria absoluta), fodeu-nos as reformas que vão ser miseráveis."
Essa de um receber o dobro do outro... eu gostava de ver as contas.
E quanto ao crédito... conheço muitos que não se queixaram nada disso quando quiseram comprar casinha à beira-mar.
Mas essa do Campo Pequeno... si non é vero é ben trovatto
E agora, mais uma:
A abécula desconfia que, no decurso de uma ocasião PÚBLICA, o governo o anda a vigiar. E põe acessores a contactar jornais para denunciar a situação. Agora, quando explode a situação gerada no GABINETE DELE, diz candidamente que vai investigar, enquanto se demite um director de jornal, enquanto os restantes estrebucham, no meio da desconfiança institucional generalizada e no curso de uma campanha eleitoral já de si desestabilizada. O que dizer? É o grande timoneiro!
Yah! Ou é a sua proverbial manha a funcionar.
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