domingo, 6 de setembro de 2009

Brochelândia (o resto)

Pois, como podem ver pela imagem, i made it. Mas não sem pagar por isso. À quarta instância (nisto somos todos iguais) lá me disseram que não, não me poderiam emitir uma cópia do bilhete uma vez que o meu tinha sido retirado antecipadamente da caixa. Ou seja (parêntesis), para armar ao prevenido indo levantar o meu bilhete dois dias antes não deixando para a última hora, fui obrigado a pagar um bilhete à entrada do comboio, no terminal multibanco do Chef de Bord que, mesmo depois de lhe ter explicado a história, insistia que se o meu bilhete "não foi levantado será reembolsado". "Mas o meu bilhete foi levantado. Por mim. Há dois dias", dizia eu. "Pois. Tem que pagar. Pode colocar-se depois da carruagem-bar". "Não, eu vou para o lugar que EU já tinha pago". Resumindo e baralhando: tive que dar 96 €, reembolsáveis a metade se for entregar o bilhete antigo a uma agência SNCF. Isto, se eu tiver percebido bem. Grrrrrrr. E isto é o bilhete de IDA. Na volta, teria que pagar mais 86 € (reembolsaveis a 50 %, se...). Entretanto, liguei à yellowcab company para me enviar o bilhete para a empresa em Bruxelas a entregar dia seguinte de manhã. Telefonema a meio da reunião: 44 €. Esquece. Mas já lá vamos.
Reunião dia 1: tranquilo, eu estava de personagem secundário.
Avancemos: Reunião dia 2 - menos mal, lá correu.
Rewind: Noite do dia 1. Cerveja. Jantar num super-restaurante nas galerias. Belíssimos croquetes de camarão, excelente comida, um bom vinho branco e um bom tinto (ambos da Brogonha) e nem um cm3 para sobremesa. Na parede, procurava os cartazes para perceber se os eventos culturais eram mais francófonos ou flamengos e o que vejo? "O meu querido mês de Agosto". Ele há coincidências... Onde vais, Agosto? Saída do restaurante, passagem na Grand Place onde ia haver uma mostra de fabricantes de cerveja. À laia de abertura, um edifício da praça (igreja? museu? palácio?) vestia-se e despia-se de efeitos luminosos, ao som de orquestra que enchia a praça. Lindo. Uma cerveja (mais). Confesso que estava um bocado acima dos zero-cinco e cansado e preocupada pelo day-after. A pé até ao Hotel. Ruas super-animadas, muito frequentadas, as inevitáveis putas de Brussels (um grau abaixo de euro-deputado) e a cama para uma noite de sono rápido.
Como poupar uns euros?
Um colega bem conhecido vinha para Paris de carro. Trouxe-me. Perto de Lille, uma zona industrial. Reparo na fachada de uma fábrica . Está escrito "SIMOLDES PLÁSTICOS".
Não estou em casa, mas estamos em todo o lado e isso é que interessa. Que assim continuemos, ainda que me faça falta a casinha.

6 comentários:

Taxi Driver disse...

Estes posts pouco têm a ver com as queixas habituais de muuuiiiitoo trabalho que costumo ouvir. Aqui é só: boa comida, bom vinho, ruas animadas e putedo! Hummm...

Bem, dias em cheio pelos menos são, é certo!

Boa posta mosher!:D

everything in its right place disse...

Eh, pá, os francófonos são uns putanheiros de primeira!

DomingonoMundo disse...

Pois. Ponto da situação: perdi os bilhetes e discuti um bocadinho, mas comi à grande, bebi à borgonhesa e a coisa nem correu assim tão mal!

Amil Neila disse...

Filósoph, sejamos sinceros: a verdade é que eu, a médio prazo, nunca retiro a cena negativa destes pequenos imprevistos, mas o que é certo é que eu aqui não exploro minuciosamente a parte fodida: o trabalho.
Oh Lois oh Lois, pareceu-me ouvi dizer que até têm montras ;-)
Taxistazita, vais começar a deixar de ouvir essas queixas de muito trabalho. Fazemos assim: quando eu chegar a casa quero sentar-me no sofá a descansar. Podes incomodar-me quando quiseres. Por exemplo, perguntas-me se quero uma Super ou uma 1664, e coisas assim. Enquanto TU lavas a loiça, deixas-me pôr Slayer nas alturas, and so on :-)

Taxi Driver disse...

Esta vida de taxista é mesmo fodida!
Prefiro ouvir queixas. Taxi Driver... It comes with the territory! ;)

Adérito, o tasqueiro disse...

E além disso ainda temos alguns gajos a fazer de euro-deputados na Brochelândia. Não é só a "simoldes plásticos".

Saudações Tasqueiras.