A RATP (a CP cá do sítio) abriu um processo ao motorista acusando-o de responsável do incidente e aplicou-lhe suspensão de funções (creio que por tempo determinado e curto).
Mas que tenho eu com isso? perguntarão os dois amigos que me lêem (olá, Hugo!).
Eu tenho. O seguinte:
O sindicato declarou um pré-aviso de greve comparagem da linha A por se tratar de métodos de gestão "arcaicos" e "inceitáveis" e, mesmo depois de a empresa ter reconsiderado e voltado atràs na medida, mantiveram a greve para 8 de Junho do corrente. Hoje.
E que tenho eu com isso?, pergunta agora o outro leitor (olá, Sassu!).
Eu tenho, pôrra, deixem-me acabar, afinal de quem é este blogue?
Eu hoje tive que ir trabalhar para La Défense, aí esse belo paraíso turístico que se vê acima encostado à direita. Para lá ir, eu normalmente apanho a linha 1 em Champs Elysées. Acontece que é uma linha super-ultra-mega-carregada, mas hoje estava um caos. UM PUTO DUM CAOS. Passaram nada menos que quatro metros nas minhas barbas e nem num acertei. Havia algumas saídas, entravam mais uns quantos a empurrão e estalo, porta a fechar no nariz, nos pés, nas malas, mas eu não conseguia. Ao quinto, estava mais que conformado (isto acalma, que se foda, esperem) quando a voz de altifalante diz que a linha vai parar devido a incidento com passageiro em Argentine (a estação, não o país). Pronto, pensei, o metro vai p'rás pampas e saio da estação. O problema era o motivo da enchente: é que a linha RER A é uma das preferidas para ir para LA Défense, serve UM MILHÃO (não é exagero) de pagantes por dia e estava indisponível, o que quer dizer que estava TUDO lotado para ir para o meu amado trabalho.
Brèf, apanhei um bocadinho de autocarro (não ia para lá), mudei de paragem, vi passar mais 2, uma senhora propôs-me ir para os semáforos do arco do triunfo bater às portas dos carros para apanhar boleia. Recusei, mesmo quando ela me disse que assim chegou a La Défense na greve de noventa e cinco ("Eu estive em Gergóvia, meu caro", pensei, "E Alésia? Não esteve em Alésia?", and so on).
Caminhei para tentar entrar no metro no Arco. Cheio até à pinha, nem conseguia ver a linha, no túnel de acesso já havia people que nunca mais acabava.
Volto a saír e começo a Av. de la Grande Armée. Mas a minha luta era outra, era a minha reunião que queria defender. Apanho uma vélib e chego a Neuilly, mais precisamente à estação Les Sablons onde YESSSSSSS!!!! consigo entrar à pressão numa carruagem à pinha.
E cheguei, duas horas e meia, n transportes (metro, bus, pé, bicla, metro, pé, escadas rolantes, é fazer as contas) e um naco de transpiração e cá estou eu, bonjour, ao trabalho que venho de curtas férias...
Mas que tenho eu com isso? perguntarão os dois amigos que me lêem (olá, Hugo!).
Eu tenho. O seguinte:
O sindicato declarou um pré-aviso de greve comparagem da linha A por se tratar de métodos de gestão "arcaicos" e "inceitáveis" e, mesmo depois de a empresa ter reconsiderado e voltado atràs na medida, mantiveram a greve para 8 de Junho do corrente. Hoje.
E que tenho eu com isso?, pergunta agora o outro leitor (olá, Sassu!).
Eu tenho, pôrra, deixem-me acabar, afinal de quem é este blogue?
Eu hoje tive que ir trabalhar para La Défense, aí esse belo paraíso turístico que se vê acima encostado à direita. Para lá ir, eu normalmente apanho a linha 1 em Champs Elysées. Acontece que é uma linha super-ultra-mega-carregada, mas hoje estava um caos. UM PUTO DUM CAOS. Passaram nada menos que quatro metros nas minhas barbas e nem num acertei. Havia algumas saídas, entravam mais uns quantos a empurrão e estalo, porta a fechar no nariz, nos pés, nas malas, mas eu não conseguia. Ao quinto, estava mais que conformado (isto acalma, que se foda, esperem) quando a voz de altifalante diz que a linha vai parar devido a incidento com passageiro em Argentine (a estação, não o país). Pronto, pensei, o metro vai p'rás pampas e saio da estação. O problema era o motivo da enchente: é que a linha RER A é uma das preferidas para ir para LA Défense, serve UM MILHÃO (não é exagero) de pagantes por dia e estava indisponível, o que quer dizer que estava TUDO lotado para ir para o meu amado trabalho.
Brèf, apanhei um bocadinho de autocarro (não ia para lá), mudei de paragem, vi passar mais 2, uma senhora propôs-me ir para os semáforos do arco do triunfo bater às portas dos carros para apanhar boleia. Recusei, mesmo quando ela me disse que assim chegou a La Défense na greve de noventa e cinco ("Eu estive em Gergóvia, meu caro", pensei, "E Alésia? Não esteve em Alésia?", and so on).
Caminhei para tentar entrar no metro no Arco. Cheio até à pinha, nem conseguia ver a linha, no túnel de acesso já havia people que nunca mais acabava.
Volto a saír e começo a Av. de la Grande Armée. Mas a minha luta era outra, era a minha reunião que queria defender. Apanho uma vélib e chego a Neuilly, mais precisamente à estação Les Sablons onde YESSSSSSS!!!! consigo entrar à pressão numa carruagem à pinha.
E cheguei, duas horas e meia, n transportes (metro, bus, pé, bicla, metro, pé, escadas rolantes, é fazer as contas) e um naco de transpiração e cá estou eu, bonjour, ao trabalho que venho de curtas férias...
6 comentários:
A odisseia dum primeiro dia regressado das férias! ;) Gotta be ready for everything!
eu não comento este post porque, segundo dizem, parece que não o li!
Comentário que tem pouco a ver com o post em si: Esta do "Olá Hugo" lembrou-me um certo concerto no Não Rock Bar, em que entrei a meio e fui saudado pelo guitarrista e pelo vocalista com um jovial "Olá Hugo", entre músicas.
LOL, verdade? Acho que já me tinhas contado!! Quem era o vocalista nessa altura, o Vaca, não? Já não era o Kimotito
Era o Vaca, que ostentava uma t-shirt onde orgulhosamente se proclamava, em pintura artesanal, "Vaka Louka"!
Definitivamente há muitas coisas que o bartleby prefere mesmo não ter que fazer... ter reuniões e viver essas aventuras entre milhares de pessoas. Mas eu sei que tu chamas-lhe um figo!
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