quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

À Venda?

Carta de um(a) leitor(a) [assina Razorfish] a um pasquim gratuito cá do sítio, sob o título “Affronter la tempête”:

"C’est lorsqu’il y a des coups durs de ce type (comme en 1999) qu’on voit l’importance du service publique. Croyez vous qu’une societé privé porrait mobiliser autant de resources aussi vite? J’a comme une doute. Alors s’il vous plaît, ne nationalisez pas tout monsieur le président !"

Voilà, em meia dúzia de linhas uma reflexão séria sobre os “excedentes” do serviço público e a paranóia privatizadora que colhe cá como lá, a Sarkôs ou a Sócras. A fazer pensar os que acham que o ensino, como a saúde, e até a segurança e a defesa são privatizáveis...


Mas não quero acabar aqui: no mesmo opúsculo, a um economista, menino bonito, bem pensante, mestre em ciências políticas e director de estudos numa universidade de Paris, autor do livro “Krach [sic] financier, ce qui va changer pour vous”, é pedido que comente o facto de os bancos cá do burgo acabarem de apresentar resultados muito confortáveis, e do sentido que tem (teve) o plano de recuperação. Sem se descoser, o economista em causa diz que “quando o plano de apoio foi implementado, ninguém podia dizer se os bancos estavam bem ou não [!!!] e não podíamos correr o risco de não os ajudar […] como estávamos no turbilhão e os dirigentes bancários comunicaram muito pouco [!!!] o governo decidiu avançar.” Nova pergunta: “Mas poderia também ter pedido um ponto de situação aos bancos…” e o pequeno génio: “em teoria sim [!!!] mas, a partir do momento em que outro país lança um plano de salvação, a França é obrigada a fazer a mesma coisa”. Comentário do jornalista: “E no entanto, o BNP Paribas mostra-se muito confiante em relação a 2009”. “Sim, isso não me parece normal”.

(Ufff, estamos salvos, estava a ver que tinha que gastar os meus pontos de exclamação todos).


Conclusão: ainda dizemos nós que “só neste país”.

3 comentários:

Taxi Driver disse...

São coisas de União. Desgraça de um lado, desgraça do outro. Borrada de um lado, borrada do outro.

Anónimo disse...

há coisas que eu não entendo, uma delas é frases muito compridas em francês.
;o)

bartleby disse...

Corru...corru...corruuuu...ptos!!!